Quando ouves, sobes ao céu, desces aos vales da solidão acompanhada, viras e reviras tudo o que julgavas conhecer da vida, dás por ti a esvoaçar as planícies sobre as quais queres pairar mesmo que não saibas o que dali virás a avistar, enches o coração de lembrança e de sonho acordado, lacrimejas na sombra presente do amor que te trouxe até esta prenda, pões-te em causa nas causas que a vida julgou ensinar-te, agradeces a uma deusa tocante a graça que o seu coração lhe sabe reflectir nas mãos, repetes a experiência, questionas se é já um vício, não ressacas se o for, alimentas-te de uma outra forma de alimento, fechas os olhos e, enfim, vês o mundo mais cheio do que aquele em que todos os dias te moves em esquecimento de uma música assim.
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