sábado, 25 de abril de 2009

Des-nomear o Coiso


Para boa ou bom revlucionári@, é sempre muito olhar o cravo.
E com ele comover-se.
Vermelho, "naturalmente". Rosa, por junção de causa pluralista óbvia.

Liberdade sempre, coiso nunca mais!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Até...


Vou sentir saudades. De ter uma parede onde encostar o ouvido para que a cusquice me ensine coisas. De uma cusquice que, para mim, só foi de gajas por nome e por integral respeito a quem lho pôs. Oxalá sussurrem as autoras brevemenente numa outra parede qualquer. Ou num lugar sem paredes. Mas que cusquem. Assim como assim, terão sido sempre Bem-Ditas.

BejinhAs.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Tão (?) Gays!


Pois por aqui se fica a saber que...


... Somos tão (?) gays que não cabemos livremente no cinema. Somos tão (?) gays que temos sexo "demasiado forte". Somos tão (?) gays que o nosso sexo é mais forte e muito mais perigoso do que o da "norma". Somos tão (?) gays que nem precisamos de nudez frontal (?) para não cabermos nem no cinema nem na democracia. Somos tão (?) gays que suscitamos a incongruência de afinal não ser frontal mas ser de quatro. Somos tão (?) gays que não podemos querer ser sexualmente espancados. Somos tão (?) gays que ficamos entre a espada (ui... demasiado efeminados!) e a parede (ui... demasiado masculinos!) se mostrarmos que às vezes mostramos sexo. Somos tão (?) gays que arrasamos com a melhor das interpretações se num momento menor de um filme nos pusermos de quatro. Somos tão (?) gays que provocamos "crises cardíacas" aos pobrezinhos que não aguentam ver cavalgar, embora muitos deles, como muitos de nós, não queiram fazer outra coisa. Somos tão (?) gays que nos atribuem uma "hipersensibilidade". Somos tão (?) gays que talvez façamos pensar se não será Obama tão não-branco (?) que o torne incapaz de assegurar a democracia (a americana e a do mundo, que lhe vem sempre agarrada). Está-se mesmo a ver que a afluência ao filme será tão disseminada quanto é forte a publicidade que a censura consegue fazer-lhe. E talvez sejamos tão (?) gays que até na PSP consigamos que a masculinidade seja tão (?) incompatível com a homossexualidade quanto os alhos têm a ver com os bogalhos.
Haja quem nos valha e nos ponha de quatro.
Desde que com vontade consentida e com prazer, obviamente.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Esquecer o 15


Hoje cheiraste a rosas. Cheiraste à vontade adormecida do abraço. Hoje cheiraste ao desejo das pétalas. Suspiraste em cada um dos movimentos escurecidos pela necessidade de mais um dia. Continuaste a fazer-te de rosas, desfloráveis nos sonhos tacteantes. Foste um horizonte a escurecer-se. Hoje cheiraste à lembrança, camuflada em meigo apelo, de outras escritas sobre todas as rosas. Estiveste suave, como sempre te fazes. Hoje foste a embarcação carregada de ti. Carregada de rosas. Seguindo esquecido de teres esquecidos as rosas. Porque hoje cheiraste ao que não podes deixar de ser.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Dedos


Os dedos dizem à pele

O que os dedos sentem

O que o coração sossega

Já a saber-se nos dedos


Na ponta dos dedos

Fazemos o tempo

Fazemos os sonhos

Que repetem nos dedos

O que os sonhos prometem


Os dedos dizem ao tempo

Que é em sonhos que vemos

O que ao tempo fazemos

O que aos dedos prometemos


A sabermos que os dedos

Sabem tocar-nos os medos

Sabem fazer-nos no tempo

Todos os dedos que temos