domingo, 9 de março de 2008

Vida para Medhi




Medhi Kazemi ama. É um rapaz como tantos outros, com a pesada diferença de ser iraniano. Medhi pode ser condenado à morte se voltar ao seu país, depois de já desaparecido o seu ex-namorado, condenado e morto pela mesma razão: amar quem o Irão não permite. Medhi pede desculpa por amar, o que é o mesmo, no seu e em tantos outros casos, que pedir desculpa por se ser quem gostaria de se ser. Por sê-lo com alguém que dele goste. Medhi faz-nos ter vergonha pelo que não se pode, nem se quer, negar: que se nega, no mundo em que vivemos e à sombra da morte, o mais vivo dos sentimentos. Medhi é como qualquer um de nós: ser humano privado do que de mais válido podemos ter nas mãos. Basta que outros maiores (!?) senhores se levantem para dizer: ou te negas ou morres. Muita e feliz vida, Medhi.

1 comentário:

Nuno Santos Carneiro disse...

19 de Março de 2008.
"Londres, 13 mar (EFE).- A ministra do Interior britânica, Jacqui Smith, anunciou hoje que vai voltar atrás na decisão de deportar um jovem homossexual iraniano que poderia ser executado em seu país".
É muito bom saber!