Talvez amar seja um talvez. Não que se faça o sentimento de uma dúvida metódica, mas de uma dúvida do coração, que de método pouco tem. Acreditamos que damos ao coração os métodos que o quotidiano nos faz impor ao que vivemos. E depois erramos, para acertarmos na dúvida e viver mais vivamente. O talvez do amor é-me a certeza mais errante que me forcei a possuir. É um talvez que me faz perder o medo paralisante dos necessários medos sem os quais não temos coragem. Talvez nada disto seja certo. Mas o que há em nós de certo sempre que a tristeza da certeza já não serve? Talvez haja apenas o talvez. Sabe alguém, sem talvez, do que falo. No talvez a que comigo se abraça.
A abraçar mais do que nunca, para esquecer o que é talvez.
2 comentários:
Deixámos cair o "talvez" que conhecemos antes e abraçamos hoje a certeza de não o querer mais... e acreditarmos mais na certeza desse terno, e tão simples, abraço.
Porque te sei e quero mesmo. Sem talvez.
Provado está que sabe, o alguém referenciado, que é a erosão do talvez que nos faz felizes. O beijo enviado corrói igualmente, e com o mais profundo bater do coração, o talvez.
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