sábado, 28 de junho de 2008

Poema Tardio


O poema persiste na noite da vida
Como se de noite se fizesse mais fácil
O sol ardente do arrastado dia

Persiste a vida no apagar da noite
Em crepúsculo tão ardente
Como és tu a fazer teimar o poema

Cerrados os olhos no branco baço
Do enrugado pano em que te abraço

Não possam as ninfas trair-nos a noite
A prometer o dia para a desmentir o poema

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