Ouvi-la foi um instante imenso. Imenso como costuma ser o que de substancial se dá numa voz que crê. A silhueta começa por envolver quem verdadeiramente escuta num fundo azul a conter o som cantado do mar. Depois, a cortina diáfana eleva-se e a presença faz-se mais presente. O movimento vai-nos mostrando uma sereia perfeitamente enquadrada nos cenários. Comove tanto o contorno quanto o que dele emana. E no desenrolar da cena, até ao final que nos entristece porque nos apetece mais, não podemos senão acreditar mais vivamente do que nunca, que é possível assistirmos à ocupação do mundo pelas rosas. Durmamos, para sonhar a saudade à qual não queremos nem podemos fugir enquanto nos cantarem o mundo assim.
terça-feira, 24 de junho de 2008
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