... Somos
tão (?) gays que não cabemos livremente no cinema. Somos
tão (?) gays que temos sexo "demasiado forte". Somos
tão (?) gays que o nosso sexo é mais forte e muito mais perigoso do que o da "norma". Somos
tão (?) gays que nem precisamos de nudez frontal (?) para não cabermos nem no cinema nem na democracia. Somos
tão (?) gays que suscitamos a incongruência de afinal não ser frontal mas ser de quatro. Somos
tão (?) gays que não podemos querer ser sexualmente espancados. Somos
tão (?) gays que ficamos entre a espada (ui... demasiado efeminados!) e a parede (ui... demasiado masculinos!) se mostrarmos que às vezes mostramos sexo. Somos
tão (?) gays que arrasamos com a melhor das interpretações se num momento menor de um filme nos pusermos de quatro. Somos
tão (?) gays que provocamos "crises cardíacas" aos pobrezinhos que não aguentam ver cavalgar, embora muitos deles, como muitos de nós, não queiram fazer outra coisa. Somos
tão (?) gays que nos atribuem uma "hipersensibilidade". Somos
tão (?) gays que talvez façamos pensar se não será Obama tão não-branco (?) que o torne incapaz de assegurar a democracia (a americana e a do mundo, que lhe vem sempre agarrada). Está-se mesmo a ver que a afluência ao filme será tão disseminada quanto é forte a publicidade que a censura consegue fazer-lhe. E talvez sejamos
tão (?) gays que até
na PSP consigamos que a masculinidade seja
tão (?) incompatível com a homossexualidade quanto os alhos têm a ver com os bogalhos.
Haja quem nos valha e nos ponha de quatro.
Desde que com vontade consentida e com prazer, obviamente.