domingo, 31 de agosto de 2008

Nothin' Is What It Seems


Acabei de ouvir no Jornal 2:
Sarah Palin, no auxílio a McCain, promete aguerrida luta contra o aborto e contra os casamentos homossexuais como principal estratégia para ganhar votos das mulheres e dos republicanos mais conservadores.

Mas de onde é que saiu este monte imbecilóide de laca?

Ah... pois, esqueci-me, it’s the american dream!

A Madonna não está nomeada!?
(relembrá-la aqui vale mesmo, mesmo a pena... 'cause she knows)

FÉ, D. Maria da Fé...


- Desculpe… pode trazer-me um cinzeiro para não sujar o chão com o cigarro?
- Posso, com certeza [sorriso aparentemente franco], mas também não se preocupe,que é da casa deixarmos que os clientes apaguem no chão [o sorriso continua aparentemente franco];
- [Não digo, mas penso] Estás com preguiça de me trazer o dito cinzeiro...;
- [Interrupção de pensamento pelo sorriso e pela (agora declarada) franqueza] Temos cá uma senhora a trabalhar que é um amor, a D. Maria da Fé e não há muito que lhe dar a fazer, por isso uma maneira de continuar a ajudá-la é deixá-la varrer os cigarros do chão. Fica contente, até nos pede e nós também gostamos de a continuar a ajudar.

Sem barata relativização de éticas: Fumar Mata Mesmo?

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Y Viva (?) España.




Fez parte das minhas tão merecidas férias uma saltada até Vigo. Ares frescos desejados, vontade de ler jornais que não os lusos, tão somente dispor de outras paisagens, reconhecendo que nem sempre estou atento às paisagens que todos os dias me cercam. Espanha é, para mim, maravilhosa na língua, nas melhores recordações da infância, no encontro quotidiano que (assumido o estereótipo) mesmo os galegos sabem marcar pelas ruas. Adoro Espanha, sem orgulhos nacionalistas (nem os do país em que nasci nem os de outro país qualquer). Simplesmente porque me sinto em casa, mais em casa do que na casa em que me vejo necessitado a viver (isto, só por si, comprova a ausência de nacionalismos). Mas não há como negar que da formalidade à prática vão ainda muitos, muitos passos.
As fotografias dão conta da atroz semelhança com a nossa realidade (melhor dizendo, com a nossa falta de realidade). Chegado, li a revista Zero e comprovei que apesar das leis (casamento, coisa e tal), os ataques homófobos quadruplicaram num ano (diz Eduardo Mendicutti, que sempre gosto tanto de ler). Revi o que já tinha sabido em Espanha – que uma jornalista espanhola foi despedida da COPE, cadeia radiofónica que a pôs no olho da rua pelo facto de ter casado com uma mulher. As vergonhas podiam continuar a ser inventariadas, naturalmente. O que fica é a corroboração de que não bastam as leis. Já o sabemos, mas foi uma constatação reforçada de férias. Casemos (ou não), mas sobretudo possamos democraticamente viver. Em vez de sobreviver. E era o que mais faltava darmos graças por não morrer (embora tenhamos de pensar nisso). Haja, ao menos, resposta à tentativa de sensibilização da faixa da janela. Ah pois somos cúmplices, somos.
¡Qué lastima, cariños!


PS - outra corroboração foi a sensibilidade (para lá de fotográfica) de M(i)M(i).

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Ah, Ganda Carolina!


De facto, verdadeiramente poderosa!

Tanto, que até eu podia ser comido por ela, embora jamais comesse a Madonna.

Tô rendjido. E vai-te embora, ó Calcanhoto! :-))))))



Me esquenta com o vapor da boca e a fenda mela.
Imprensando minha coxa na coxa que é dela
Dobra os joelhos e implora o meu líquido
Me quer, e quer ver meu nervo rígido
É dessas mulheres pra comer com 10 talheres,
de quatro, lado, frente, verso, embaixo, em pé
Roer, revirar, retorcer, labuzar e deixar o seu corpo
tremendo, gemendo
Ela tava demais
o peito nu com 5 ou 6 colares
Me fez levitar em meio aos 7 mares e me pediu
que lhe batesse, lhe arrombasse, lhe chamasse de cafona,
marafona, bandidona
Fui eu que bebi, comi a Madonna
Chegou com mais três amigas, cinta-liga, perna dura,
dorso quente, toda língua e me encoxou me apertou,
me provocou e perguntou:
Quem é tua dona?
Fui eu quem bebi, comi a Madonna

Ana Carolina
Eu comi a Madonna

Parir


Olhe o meu filhote! E olhe a minha filhota! Sabe… são o meu filhote e a minha filhota! Percebeu mesmo, mas percebeu mesmo, mesmo!? É que são o meu filhote e a minha filhota! Eu tenho a sorte de ter parido um casal! É que tenho um filhote e uma filhota! Soube parir o que devia ser parido: genes masculinos e femininos. Não tem por acaso aí nenhum catálogo, mesmo que não venda nada do que tiver lá para vender? É que sempre punha o meu filhote e a minha filhota a serem conhecidos pelo mundo inteiro e assim sabiam que eram os meus filhotes! É que Portugal precisa (já agora, o mundo também ganhava com isso) e as mamãs e os filhotes agradecem. Pronto, já disse. Mas olhe que eu sim, sou uma mãe, ainda por cima que se veja. Porque não tenho só um, tenho dois filhotes, menino e menina!

Única observação possível: TOU-ME A CAGAR!
PS - a terminação "ote", por si mesma, bastava para eu sentir necessidade deste post.