“Esta semana, durante um jantar no restaurante Põe-te na Bicha, de que é assídua há décadas, Simone [de Oliveira] desgovernou uma conversa sobre memórias e outras sexualidades”.
E se desgovernou! Tudo! E tudo o que não fez foi pôr-se na bicha. Se se tivesse posto (salvo seja!), saberia que bicha que é bicha se governa bem melhor sem pessoas como a senhora.
“Porque é que os homossexuais gostam tanto de si? Isso gostava eu que me explicassem”.
A única coisa que lhe explico, minha senhora: eu detesto-a. Explicar mais do que isso é pôr-se contra a bicha, que felizmente não se explica.
“Sempre existiu [admiração dos homossexuais por mim], fui sendo adoptada”.
Eu nunca sofri de semelhante mal, que tenho bem mais para admirar. O que me admira é que não saiba que pessoas como a senhora são péssimas para adoptar. Fez-lhe mesmo mal ter crescido e olhe que se me deixassem adoptar faria tudo para que as minhas filhas ou filhos não fossem como a senhora.
“Convivi muito com esta gente, fiz grandes amigos e amigas no bas fond”.
Esta gente!? E a “outra” gente, quem é!? Imagino que tenha mesmo sido no bas fond, que é palavra que soa bem, mas nota-se que a senhora nunca saiu de lá.
“Há uma coisa que me faz confusão na palavra gay. Gay, em inglês, quer dizer alegre. Isso é rigorosamente mentira. Se há gente triste são os gays. Uma tristeza, uma solidão, uma coisa… Não são os homossexuais, são os gays”.
A senhora é A confusão, não a palavra! Triste é a sua existência, querida senhora, para qualquer pessoa - gay, homossexual ou qualquer outra – que não tenha ficado no bas fond.
“Homossexual é o homem que gosta de homens. Gay é um homem que gostava de ser mulher”.
A senhora é um prodígio! Trate da esclerose, que se começa a notar!
“[As pessoas que se assumiam publicamente] naturalmente, viviam melhor do que hoje, em que se fazem aquelas paradas, aqueles desfiles ridículos. Aquilo não é nada. Aquilo é um dar nas vistas, é fazer brincadeiras de mau gosto”.
A senhora sabe que até 1982 viviam tão bem que acabavam na cadeia? A senhora sabe que no Estado Novo (que tanto mal lhe fez a si, segundo diz) eram encarcerados como “vadios” nas mitras e na vida? Não foi a senhora que falou em bas fond, onde fazia amigos? E os que vinham para a rua, eram seus amigos? Se eram tenho imensa pena deles, porque a tinham a si, isso sim, parada e ridícula. Olhe que falar do que não se sabe e sobretudo do que não se sente é que é brincadeira de mau gosto!
“A noção que tenho é a de que não há nenhum homossexual que não tenha tido uma grande paixão por uma mulher, diz-me a experiência”.
Tão parada e tão ridícula que NÃO TEM noção! A experiência disse-lhe muito pouco, porque há imensos gays sem nehuma confusão. Ou melhor, com imensa confusão à custa de pessoas como a senhora, mas muito certos de que sempre foi pelos homens que tiveram grandes paixões. A noção, minha senhora, é que não podiam, porque o mundo está cheio de Simones.
“E mais não sei”.
Pois não, porque não sabe nada!
Mas vá, não se ponha na bicha. Ponha-se no “País chamado Simone” e, por favor, não saia de lá, que pena foi ter saído.
A bicha sai, felizmente, de armários como os que a senhora nos dá.
E se desgovernou! Tudo! E tudo o que não fez foi pôr-se na bicha. Se se tivesse posto (salvo seja!), saberia que bicha que é bicha se governa bem melhor sem pessoas como a senhora.
“Porque é que os homossexuais gostam tanto de si? Isso gostava eu que me explicassem”.
A única coisa que lhe explico, minha senhora: eu detesto-a. Explicar mais do que isso é pôr-se contra a bicha, que felizmente não se explica.
“Sempre existiu [admiração dos homossexuais por mim], fui sendo adoptada”.
Eu nunca sofri de semelhante mal, que tenho bem mais para admirar. O que me admira é que não saiba que pessoas como a senhora são péssimas para adoptar. Fez-lhe mesmo mal ter crescido e olhe que se me deixassem adoptar faria tudo para que as minhas filhas ou filhos não fossem como a senhora.
“Convivi muito com esta gente, fiz grandes amigos e amigas no bas fond”.
Esta gente!? E a “outra” gente, quem é!? Imagino que tenha mesmo sido no bas fond, que é palavra que soa bem, mas nota-se que a senhora nunca saiu de lá.
“Há uma coisa que me faz confusão na palavra gay. Gay, em inglês, quer dizer alegre. Isso é rigorosamente mentira. Se há gente triste são os gays. Uma tristeza, uma solidão, uma coisa… Não são os homossexuais, são os gays”.
A senhora é A confusão, não a palavra! Triste é a sua existência, querida senhora, para qualquer pessoa - gay, homossexual ou qualquer outra – que não tenha ficado no bas fond.
“Homossexual é o homem que gosta de homens. Gay é um homem que gostava de ser mulher”.
A senhora é um prodígio! Trate da esclerose, que se começa a notar!
“[As pessoas que se assumiam publicamente] naturalmente, viviam melhor do que hoje, em que se fazem aquelas paradas, aqueles desfiles ridículos. Aquilo não é nada. Aquilo é um dar nas vistas, é fazer brincadeiras de mau gosto”.
A senhora sabe que até 1982 viviam tão bem que acabavam na cadeia? A senhora sabe que no Estado Novo (que tanto mal lhe fez a si, segundo diz) eram encarcerados como “vadios” nas mitras e na vida? Não foi a senhora que falou em bas fond, onde fazia amigos? E os que vinham para a rua, eram seus amigos? Se eram tenho imensa pena deles, porque a tinham a si, isso sim, parada e ridícula. Olhe que falar do que não se sabe e sobretudo do que não se sente é que é brincadeira de mau gosto!
“A noção que tenho é a de que não há nenhum homossexual que não tenha tido uma grande paixão por uma mulher, diz-me a experiência”.
Tão parada e tão ridícula que NÃO TEM noção! A experiência disse-lhe muito pouco, porque há imensos gays sem nehuma confusão. Ou melhor, com imensa confusão à custa de pessoas como a senhora, mas muito certos de que sempre foi pelos homens que tiveram grandes paixões. A noção, minha senhora, é que não podiam, porque o mundo está cheio de Simones.
“E mais não sei”.
Pois não, porque não sabe nada!
Mas vá, não se ponha na bicha. Ponha-se no “País chamado Simone” e, por favor, não saia de lá, que pena foi ter saído.
A bicha sai, felizmente, de armários como os que a senhora nos dá.
A gente também agradece se não se armar.