Uma tristeza imensa, imensa, imensa. Rolandette, será sempre assim que a cunharei no coração, desfez-se num rio, depois de ter-se desfeito no mundo. Entrou nele porque já não cabia na vida, porque a vida não sabia como caber-lhe. Dizia, em preságio das águas, que "a sepultura é uma cova onde não cabe o coração dos que resistem". E só ela poderia ter escrito assim: “O Amor é foder. E às vezes o coração aperta, dispara. O peito dói. A vida pesa. Mas há que encher os pulmões de ar. E chutar as dores da alma para o alto”. Talvez nos encontremos numa água mais feliz, onde o sorriso perdure e onde a solidez não seja uma sórdida farsa. Talvez.
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2 comentários:
meu querido, um bjo enorme. ninguem nos tira as memorias, lembra-te sempre.
É com muita pena que soube ontem desta notícia. É um buraco que fica no peito e uma revolta contra uma cultura de merda que ainda "mata" . Nunca mais me esquecerei da borga do carnaval e do teu pensamento acutilante. Um beijo que fica para sempre e uma memória no coração. F.
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